14 julho 2007


Pan é aberto com vaias a Lula e homenagem a atletas


A cerimônia de abertura dos Jogos Pan-Americanos na noite desta sexta-feira (13) no Rio de Janeiro foi marcada por vaias ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, homenagens a vários atletas brasileiros e pela mistura de ritmos musicais.

Lula foi vaiado ao menos quatro vezes e não discursou, como estava previsto. Para evitar constrangimento, o cerimonial resolveu poupar o presidente, e a frase “Boa sorte, Brasil”, que seria dita por Lula, foi pronunciada pelo presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Nuzman.

Foi a primeira vez que um chefe de Estado não discursou durante a abertura de um Pan-Americano.
Ao fim da cerimônia, Lula saiu do Maracanã sem falar. Entrou no carro em companhia da primeira-dama, Marisa Letícia, depois de se despedir do governador do Rio, Sérgio Cabral. O vice-presidente José Alencar foi questionado sobre as vaias a Lula, mas também não quis falar. Fez apenas um gesto com os ombros.

O prefeito do Rio, Cesar Maia (DEM-RJ), disse que pode ter havido um descompasso entre as assessorias do presidente Lula, do COB e da Organização Desportiva Pan-Americana (Odepa), o que criou o constrangimento para Lula. “Já passei por isso”, afirmou Maia.

Segundo Cesar Maia, “houve uma confusão". "A assessoria do presidente se precipitou e procurou o presidente do COB e pediu para o senhor presidente não fazer a declaração. Mas se esqueceu de informar ao presidente da Odepa, que fez a leitura do nome do presidente quando a assessoria tinha pedido para Nuzman fazer a declaração. Foi uma confusão da assessoria do presidente que criou um constrangimento muito grande."

Maia acredita que "alguém vai ter de se explicar".

O ministro dos Esportes, Orlando Silva, minimizou a onda de vaias contra o presidente. “Isso foi coisa orquestrada”, afirmar, sem especificar quem teria orquestrado a vaia.

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