16 janeiro 2010

Haiti já se fala em 200 mil mortos em tremor; tensão cresce

Por Catherine Bremer e Andrew Cawthorne

PORTO PRÍNCIPE (Reuters) - As tensões entre os desesperados haitianos que esperam por ajuda internacional e alimentos são crescentes dias depois de um terremoto que, segundo autoridades do país, pode ter matado cerca de 200 mil pessoas.

O abalado governo do Haiti deu aos Estados Unidos o controle de seu principal aeroporto para organizar voos de ajuda humanitária que chegam de todo o mundo e acelerar o auxílio à empobrecida nação caribenha.

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, vai neste sábado ao Haiti para se encontrar com o presidente local, René Préval, no aeroporto. O plano dela é levar suprimentos e voltar com norte-americanos forçados a abandonar suas casas.

"Também vamos transmitir muito diretamente e pessoalmente ao povo haitiano nosso resoluto apoio a longo prazo, solidariedade e compaixão", afirmou Hillary.

Caminhões lotados de cadáveres estão levando corpos para valas comuns cavadas às pressas fora da capital, mas milhares de corpos ainda estão sob os escombros.

"Até agora já coletamos cerca de 50 mil corpos", afirmou à Reuters o ministro do Interior, Paul Antoine Bien-Aime. "Antecipamos que haverá entre 100 mil e 200 mil mortos no total, embora nunca saibamos o número exato."

LUTA POR COMIDA

Moradores famintos brigam entre si por sacos de comida entregados por caminhões da ONU (Organização das Nações Unidas) no centro de Porto Príncipe.

Uma importante autoridade da ONU alertou que a fome vai aumentar os problemas se a ajuda não chegar prontamente, embora a situação da lei e da ordem permaneça sob controle "por enquanto".

FONTE: REPOTAGEM DO MSN

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