26 março 2011

Bullying não se resolve com violência

O australiano Casey Heynes, 15 anos, virou ídolo na internet semana passada. Vítima de bullying desde os primeiros dias na escola, a vida do garoto deu uma reviravolta quando ele resolveu se defender de Ritchard Gale, de 12 anos, que o provocava e agredia. Em autodefesa, Heynes virou o colega de ponta cabeça e o atirou no chão.

O jovem se tornou um herói para muita gente pela imposição feita ao agressor. Ritchard Gale, apesar de se levantar cambaleando, por sorte não se machucou seriamente (e mais tarde deu uma entrevista afirmando ser a verdadeira vítima do bullying). A escola dos garotos não se pronunciou. Porém, fica a questão: retrucar violência com violência seria a melhor maneira de lidar com o bullying?

Para o psicoterapeuta Ivan Capelatto, autor do livro “Prepare as crianças para o mundo” (Unicef) e palestrante sobre o tema em colégios como o paulistano São Luiz, a atitude de Casey demonstra o estresse extremo a que uma pessoa pode chegar quando sofre a dinâmica do bullying. E o sucesso do vídeo na internet comprova o quanto todos admiram uma vítima quando ela comete um ato “heróico”, por assim dizer. “Foi um momento de glória”, diz o especialista. “Mas existe a possibilidade de ele sofrer mais ainda se continuar na mesma escola”, completa. Afinal, as crianças que cometem o bullying costumam ser narcisistas ao extremo e ser exposto para o mundo de uma forma humilhante alimentaria o desejo de vingança.

FONTE: VEJA A REPORTAGEM COMPLETA IG.COM.BR

FONTE DO VIDEO: YOU TUBE

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