No Brasil inteiro, quem tem um carro notou o salto que o preço da gasolina deu este ano. Só em março, subiu 2% em média. Mas, em algumas cidades, o problema é mais grave: em Natal, os consumidores ficam sem opção porque os preços cobrados pelos postos são muito parecidos.
O aumento pesa no bolso e gera protestos: “Hoje eu gastei R$ 130. Geralmente eu gastava R$ 110, coisa assim, pra encher o tanque”, diz o construtor Ailton Montesano.
O reajuste do preço da gasolina em Natal ficou acima da média da Região Nordeste: “Nós somos um estado produtor muito estranho”, fala um homem.
Difícil de entender que o consumidor quase não tem escolha: “A gente percebe que é estranho porque você vai em qualquer posto e é mais ou menos o mesmo preço”, conta uma mulher.
O Ministério da Justiça analisa 120 denúncias de combinação de preços, o que caracteriza a formação de cartel. O crime é investigado também pelo Ministério Público.
“O aumento abusivo, ele vai se caracterizar pela falta de justa causa pra ele na proporção em que ele é aplicado. E tudo está se configurando nesse sentido”, explica o promotor da Defesa do Consumidor, José Augusto Peres.
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